sábado, 21 de novembro de 2015

Corujas-Cometa





Corujas-Cometa


No útero de um nocturno de estrada
Veredas por vir aos solavancos
A miragem oblíqua de um casal de corujas.
Esquinando um galho de lua
A foligem de flores estrábicas fura
O arrepio na sombra redonda dos escóis
Aladas existências no breu.

Lua dos limões
O sumo que nasce nas penas íntimas
Verte o escombro mudo das árvores fundas
Pelas unhas eidonistas da noite
E coagula o grande olho irial
Na grafite ruiva das nuvens.


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