Amêijoas
De negro e laranja se desenterra o rio
Pescoços lúgubres escavam com os pés
As conchas flumíneas
Negra louca, dizem.
E a tarde em paralaxe com as ondas
Enche de sol as crianças do lodo.
É verão no estômago
Lambem-se areais com vinho branco
Rios de alho sorriem
De barro em barro a boca escancarada
Das línguas que se deixam libar inteiras.
Sem comentários:
Enviar um comentário