Raposa
Uma raposa estica-se para tocar violino
De pescoço inclinado e líbido retesada
Solta as crias que o monte lhe alcançou
No extinguir de um rio bebe o silêncio esperado
Sente umbilicalmente o frio das espécies únicas.
Na minha lápide deveria escrever-se:
Toda a vida procurou uma raposa que tocasse violino.
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