Casa da Música
Escadas lume_nascem a estreia do mundo. Riscos de sombra cambaleante passeia o núcleo para onde choverá a música que mora no futuro. Gigantes ouvidos sobem as escadas, degraus de vidro em lago levando ao tecto do sonho fosco o magma gelado com que se cozinham as cabeças. Jovens e velhos de génio pela lei dos músculos segurados têm na base venenos e punhais, uma pulsação desorientada e insalubre. Num esforço disfarçado, agarram ao corrimão o carácter que não existe, sôfregos da magia das pedras que se casam numa clave. Esquecer, enterrar a sepultura e os olhos cancerosos, ser água branca e terra ideal, tesouro sonoro em praia sináptica.
Olho: são medusas que sobem dançando as escadas aguadas, medusas que se abrem para comer o som boreal escapuli_dor do tempo.
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