quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quando o Amor Acontece




Quando o Amor Acontece


Fundes-me o tremor no hímen da lua que dás à luz nos meus olhos. Extreme stars, sonhos a cântaros, lobos a explodir azul. Nascem-me mãos pelos escombros do cérebro adentro, mãos que dançam, pérolas estiolando as eternas teias do cansaço. Verto-me de ritmo escorrente e aperto o mundo que a tua língua em delírio convocou. Zonas nocturnas de sede espalham-se pelos caminhos do teu corpo, e eu durmo o medo com palavras na ponte obscena do teu lençol. Então encosto-me, e murmuro:

"Não vás. Não partas nunca. Habitas habilmente o núcleo do meu fogo."

 

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